15 de set. de 2013

Atena

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Atena é a Deusa grega da sabedoria e das artes também conhecida como Minerva pelos romanos. Uma Deusa virgem, dedicada a castidade e celibato. Era majestosa e uma linda guerreira, protetora de seus heróis escolhidos e de sua cidade homônima Atenas.
A única Deusa retratada usando couraça, com a aba de seu capacete voltada para trás deixando à vista sua beleza, traz um escudo numa mão e uma lança na outra. Deusa que presidia às estratégias da batalha na época de guerra e às artes domésticas em tempo de paz, em algumas imagens também era apresentada com uma lança em uma das mãos e uma tigela ou roca na outra.

Foi a protetora de cidades e das forças militares. Deusa das tecelãs, ourives, oleiras e costureiras.  Ela é creditado pelos gregos dar à humanidade as rédeas para amansar o cavalo, o inspirar os construtores de navios em sua habilidade, e ensinar as pessoas a fazerem o arado, ancinho, canga de boi e carro de guerra. A oliveira foi seu presente especial a Atenas (Cidade), um presente que produziu o cultivo das azeitonas.

A Deusa Atena foi retratada com uma coruja, ave associada a sabedoria e de olhos proeminentes, duas de suas características. Cobras entrelaçadas eram apresentadas como um modelo no debrum de sua capa e couraça.

Quando Atena era retratada com outro indivíduo, esse sempre era do sexo masculino. Por exemplo, era vista perto de Zeus na atitude de um guerreiro de sentinela para seu rei. Ou era reconhecida atrás ou ao lado de Aquiles ou de Odisseu, os principais heróis gregos de Ilíada e da Odisséia.



As habilidades bélicas domésticas associadas com Atena envolvem planejamento e execução, atividades que requerem pensamento intencional e inteligente. A estratégica, o aspecto prático e resultados tangíveis são indicações de qualidades e legitimidade de sua sabedoria própria. Atenas valoriza o pensamento racional e é pelo domínio da vontade e do intelecto sobre o instinto e a natureza. Sua vitalidade é encontrada na cidade. Para Atena, a selva deve ser subjugada e dominada.

Atena era a filha predileta de Zeus, que lhe concedeu muitas das suas prerrogativas. Ela tinha o dom da profecia e tudo que autorizava com um simples sinal de cabeça era irrevogável. Ora conduz Ulisses em suas viagens, ora ensina as mulheres a arte de tapeçaria. Foi ela que faz construir o navio dos Argonautas, segundo seu desenho e coloca à popa o pau falante, cortado na floresta de Dodona, o qual dirigia a rota, advertindo perigos e indicando os meios de os evitar.

Era na cidade de Atenas que seu culto foi perpetuamente honrado: tinha seus altares, as suas mais belas estátuas, as suas festas solenes e um templo de notável arquitetura, o Partenon. Esse templo foi reconstruído no período de Péricles.

Palas e Atena.

Habitualmente, considerava-se Atena e Palas como o mesma divindade. Os gregos até juntaram os dois nomes: Palas-Atena. Entretanto, muitos poetas afirmaram que essas duas divindades não poderiam ser confundidas. Palas, chamada Tritônia, de olhos verdes, filha de Tritão, fora encarregada da educação de Atena. Ambas se apraziam nos exercícios das armas.

Certa vez, conta-se que elas se desafiaram. Atena teria saído ferida se Zeus não tivesse colocado a égide diante de sua filha; Palas ao ver tal ficou aterrorizada, e enquanto recuava olhando para a égide, Atena feriu-a mortalmente. Veio-lhe depois um profundo sentimento de culpa e para se consolar fez esculpir uma imagem de Palas, tendo a égide sobre o peito. Consta que é essa imagem ou estátua que mais tarde ficou sendo o famoso Paládio de Troia.

O Mito do Nascimento.

Zeus ingere sua primeira esposa, Métis grávida,  (ela era uma Titã), na esperança de prevenir o nascimento de um futuro rival. Mas esse ato de integração tem uma consequência : Certo dia, Zeus tem uma dor de cabeça lancinante e logo dá à luz, pela cabeça, o feto que estava no útero de sua primeira esposa. A criança que nasce já madura da cabeça do pai é Atena, a filha consumda do pai.

A Deusa não conheceu sua mãe, Métis.

Nesse primeiro relato do mito, o ato de engolir a esposa grávida e a filha nascer da cabeça do pai, nos faz lembrar do nascimento de Eva da costela de Adão. É bem sugestivo que tanto Atena como Eva se associem com a serpente: as vezes a serpente inclusive podia aparecer no lugar de Atena, e na Gênesis a serpente tem, as vezes, o rosto de Eva, enquanto que o significado que são dadas as essas imagens são muito diferentes. Porém, em ambos os mitos a Mãe Natureza perde força e o macho se apropria de seus poderes como doadora de vida.

Esse mito é o maior testemunho do momento histórico em o patriarcado se impõe sobre a ordem anterior (matriarcado).

Porém, conforme o mito vai se desenrolando, Atena torna-se uma boa companheira para seu pai e uma das mais íntimas conselheiras.

Essa história nos mostra, especificamente,  como a consciência lunar desenvolve-se dentro da solar, dominante. É Atena que introduz na psique dominada por Zeus um elemento de interioridade reflexiva que suaviza o elemento opiniático-recriminador da posição solar dominante.

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