22 de nov. de 2012

Rumpelstiltskin (Original _ Irmãos Grimm)

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Era uma vez um moleiro pobre que tinha uma filha muito bela. Um dia aconteceu de ter que ir falar com o rei e, para parecer mais importante, disse:

— Tenho uma filha que pode fiar a palha e convertê-la em ouro.


— Essa é uma habilidade que me impressiona – disse o rei ao moleiro – se tua filha é tão hábil como dizes, traga-a amanhã ao meu palácio e vamos ver isso.


Quando trouxeram a garota, o rei a levou para uma quarto cheio de palha, deu-lhe uma roca e uma bobina e disse:



— Trabalha e, se amanhã pela manhã não tiveres convertido toda essa palha em ouro, durante a noite, morrerás.


Então ele mesmo fechou a porta a chave e a deixou só. A filha do moleiro se sentou sem poder fazer nada para salvar sua vida. Não tinha a menor idéia de


com fiar a palha e convertê-la em ouro, e se assustava cada vez mais, até que por fim começou a chorar.


Porém, de repente a porta se abriu e entrou um homenzinho:


— Boa tarde, senhorita moleira, por que estás chorando tanto?


— Ai de mim – disse a garota – tenho que fiar essa palha e convertê-la em ouro porém não sei como fazê-lo.


— O que me dás – disse o homenzinho – se fizer isso por ti?


— Meu colar, disse ela.


O homenzinho pegou o colar, sentou-se à roca e whirr, whirr, whirr três voltas e a bobina estava cheia.


Pôs outra e whirr, whirr, whirr três voltas e a segunda estava cheia também. E seguiu assim até o amanhecer, quando toda palha estava fiada e todas as bobinas cheias de ouro.


Ao despertar o dia o rei já estava ali, e quando viu o ouro ficou atônito e encantado, porém seu coração se tornou mais avarento. Levou a filha do moleiro a outra sala, muito maior e cheia de palha e lhe ordenou que fiasse a noite inteira, se apreciava a vida.


A garota que não sabia o que fazer, estava chorando quando a porta se abriu de novo. O homenzinho apareceu e disse:


— Que me darás se eu converter essa palha em ouro? – perguntou ele.


— O anel que levo em meu dedo – disse ela.


O homenzinho apanhou o anel e começou outra vez a girar a roca, e pela manhã havia fiado toda a palha e convertido em brilhante ouro. O rei ficou felicíssimo quando viu aquilo. Porém como não tinha ouro suficiente, levou a filha do moleiro a outra sala cheia de palha, muito maior que a anterior, e disse:


— Tens que fiar isso durante esta noite, se conseguires, serás minha esposa. – “Apesar de ser a filha de um moleiro, ” pensou, ” não poderei encontrar esposa mais rica no mundo.”


Quando a garota ficou só, o homenzinho apareceu pela terceira vez, e disse:


— Que me darás se fiar a palha desta vez?


— Não tenho mais nada para te dar – respondeu a garota.


— Então me prometa, que se te tornares rainha, me darás teu primeiro filho. -” Quem sabe se isso ocorrerá alguma vez. ” pensou a filha do moleiro. E não sabendo como sair daquela situação, prometeu ao homenzinho o que ele queria e uma vez mais a palha foi convertida em ouro.


Quando o rei chegou pela manhã, e encontrou todo o ouro que havia desejado, casou-se com ela e a preciosa filha do moleiro tornou-se rainha.


UM ano depois, trouxe ao mundo um belo menino, e em nenhum momento se lembrou do homenzinho. Porém, de repente, veio ao seu quarto e lhe disse:


— Dá-me o que prometeste.


A rainha estava horrorizada e lhe ofereceu todas as riquezas do reino para deixar seu filho. Porém o homenzinho disse:


— Não, algo vivo vale para mim mais que todos os tesouros do mundo.


A rainha começou a se lamentar e chorar tanto que o homenzinho se compadeceu dela:


— Te darei três dias – disse – se descobrires meu nome, então ficarás com teu filho.


Então a rainha passou toda a noite pensando em todos os nomes que tinha ouvido, e mandou um mensageiro a todos os cantos do reino para perguntar por todos os nomes que havia. Quando o homenzinho chegou no dia seguinte, ela começou: Gaspar, Melquior, Baltazar… Disse um atrás do outro, todos os nomes que sabia, porém a cada um o homenzinho dizia:


— Esse não é meu nome.


No segundo dia havia perguntado aos vizinhos seus nomes, e ela repetiu os mais curiosos e pouco comuns:


— Seria teu nome Pata de Cordeiro ou Laço Largo?


Porém ele disse:


— Esse não é meu nome.


Ao terceiro dia o mensageiro voltou e disse:


— Não encontrei nenhum nome. Porém, quando subia uma grande montanha ao final de um bosque, onde a raposa e a lebre se desejam boas noites, ali vi um homenzinho muito ridículo saltando.. Deu um cabriola e gritou:


“Hoje trago o pão, amanhã trarei cerveja, no outro terei o filho da jovem rainha.


Já estou contente de que nada aconteça que Rumpelstiltskin me chamo.”


Podeis imaginar o contentamento da rainha quando escutou o nome. E quando logo em seguida o chegou o homenzinho e perguntou:


­— Bem, jovem rainha, qual é meu nome?


A rainha primeiro disse:


— Te chamas Conrado?


— Não.


—Te chamas Harry?


— Não.


— Quem sabe teu nome é… Rumpelstiltskin?


— Te contou o demônio! Te contou o demônio! Gritou o homenzinho e, na sua raiva, bateu o pé direito na terra tão forte que entrou toda a perna e quando a tirou com raiva do chão com as duas mãos, se partiu em dois.

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